Air India: O único sobrevivente do voo AI171 e o assento 11A

Na última quarta-feira, 12 de junho de 2025, o mundo foi abalado por uma tragédia aérea na Índia. O voo AI171, da Air India, que seguia de Ahmedabad para Londres, caiu poucos segundos após a decolagem, vitimando 241 pessoas a bordo e causando dezenas de mortes no solo. No meio desse cenário devastador, um fato chamou atenção: houve um único sobrevivente — e o lugar onde ele estava sentado pode ter sido decisivo para sua salvação.

O assento 11A e a história de uma sobrevivência

Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico de 40 anos, estava sentado no assento 11A, na fileira da janela, logo ao lado de uma das saídas de emergência. Segundo ele, o voo parecia normal até o momento em que tudo se apagou. Quando acordou, havia destroços e corpos ao seu redor. De forma quase instintiva, conseguiu sair da aeronave ainda em chamas por uma ruptura na fuselagem ou pela própria saída de emergência.

Com apenas ferimentos leves e em estado de choque, Vishwash caminhou sozinho até uma área próxima, onde recebeu ajuda. Seu irmão, que estava a poucas poltronas de distância, infelizmente não sobreviveu.

O que torna o 11A especial?

O assento 11A está localizado em uma área estratégica: próximo às asas e junto a uma saída de emergência. Essa região é considerada uma das mais seguras da aeronave por três motivos principais:

1. Proximidade da saída: quanto mais perto você está das saídas, maiores são suas chances de evacuar rapidamente, especialmente em situações de incêndio.
2. Estrutura reforçada: a parte central da aeronave, onde ficam as asas (conhecida como wing box), possui reforço estrutural e pode resistir melhor a impactos.
3. Impacto atenuado: no caso específico deste acidente, o avião caiu com o nariz levemente elevado, fazendo com que a parte dianteira absorvesse o impacto mais severo — o que acabou protegendo parcialmente a área onde estava o assento 11A.

Existe realmente um “assento mais seguro” no avião?

Não existe uma resposta definitiva, pois cada acidente aéreo é diferente. No entanto, diversos estudos ao longo dos anos — incluindo análises feitas pela revista Time e pela Aviation Safety Network — indicam que os assentos localizados na parte traseira e próximos às saídas de emergência tendem a apresentar maiores taxas de sobrevivência em desastres aéreos.

Ainda assim, especialistas alertam: a localização do assento é apenas um dos fatores. A consciência situacional, o uso do cinto de segurança e a rapidez nas decisões também fazem a diferença.

Um lembrete valioso

A história de Vishwash Kumar Ramesh é mais do que um caso raro de sobrevivência. É um lembrete para todos nós de que, mesmo em situações de rotina como a escolha de um assento no avião, detalhes aparentemente simples podem se tornar cruciais.

Na próxima vez que for reservar um voo, pense além do conforto ou da vista da janela. A escolha do seu assento pode não apenas melhorar sua experiência de viagem — em casos extremos, pode salvar sua vida.